terça-feira, 16 de abril de 2013

linha

saio do eixo
a dar voltas
imaginárias
num  mundo
interior

espalhar
mistério
entre sorrisos
frouxos
e tragadas
gole e outro

marcando o corpo, o copo
de todo vermelho
que (o)usar

entregando  me
a todas as urgências
já empoeiradas

até você
se desfazer
dos arrependimentos
voltar
e ser enfim fábula.


domingo, 14 de abril de 2013

habitat

no meu território
incerto
na cabe o concreto
de nenhuma
verdade absoluta
sou senti(n)do
tudo
todas
as brechas
são um lugar
cômodo
aonde deito e finjo
cansaço

e assim
maleável
piso na leveza de um elefante
atrapalhado
que se debruça
na brincadeira
de querer
se apaixonar
em casa

sou a tudo que piso
a tudo
e digo mais
tente não se afundar
na minha lama
e saberá
o quão perspicaz
tem de ser
o (com)passo
do caranguejo. 

terça-feira, 9 de abril de 2013

tri pé (Utrópico de cancer)

base forte
á três
que sustenta
pesos
de ponta. 

quarta-feira, 3 de abril de 2013

cômodo

a verdadeira
prisão
está em abrigar se
em utopias
manchadas
de uma xicará
de chá

e acordar
de pesadelos
turbulentos
depois de
beijar
seu primeiro amor
numa esquina
sombria
qualquer

quando fomos dois
eramos um
em confusão
deixando faltar
pra um
o que sobrava
noutro.

em confissão
te digo
que na verdade
não passavamos
de metade
do cheio
que preciso.